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No dia 26 de julho de 2020, Rosalina e Abel foram entrevistados. Rosalina nasceu em Oliveira do Arda e tem 72 anos. Abel nasceu na Raiva e tem 77 anos.
Abel começa por falar das festas de antigamente e como todos esperavam por estas datas comemorativas para poderem comer melhor. Abel recorda que as pessoas sentiam prazer em comer um pouco de arroz nessas épocas festivas, acabando por relembrar como era o Natal em sua casa e de ter tido a sorte de nesse dia nunca ter faltado o “(…)bacalhau e as batatas com tronchuda, as rabanadas que a minha mãe fazia, aletria(…)”. 
Abel afirma que apesar das dificuldades “Era uma vida apaixonante”. 
Rosalina recorda que quando era criança existia um par de calçado, denominado de socas, para toda a família, família essa constituída por 12 filhos (incluindo a própria Rosalina). Abel acrescenta que eram as próprias pessoas a fazerem as socas, explicando como era o processo para fazê-las.
Abel e Rosalina ainda têm um diálogo sobre as brincadeiras de criança que existia, recordando assim que as raparigas jogavam mais à amarelinha, enquanto os rapazes jogavam mais à bola, explicado depois Abel como faziam a bola de pano com que jogavam.
Abel começa a recordar o seu passado desde criança, quando a mãe saia cedo para ir trabalhar e ele juntamente com os seus irmãos ficavam fechados em casa, até começar a trabalhar, recordando o seu trajeto de vida profissional.
Rosalina e Abel relembram que não existiam transportes, dando o exemplo de para ir para o centro de Castelo de Paiva terem que ir a pé.
Abel acaba também por comparar como eram os namoros de antigamente e os namoros na atualidade afirmando que “Era melhor que agora”.
Abel também dá a sua opinião sobre a geração atual, relevando que o uso dos telemóveis é um ponto negativo porque “só se vê isso mais nada”, sendo que estes deviam “olhar mais para o trabalho manual da pessoa, para o exercício físico(…)”. Rosalina afirma que a sua opinião sobre a geração atual é a mesma. Acabando ambos por admitir que utilizam pouco o telemóvel, só mesmo para efetuar e atender chamadas. Abel ainda acaba por acrescentar que a geração de hoje “não compre com a palavra” como as pessoas de antigamente, afirmando que “à juventude de hoje o que falta é o melhor, é a educação vinda de casa(…)”.
Rosalina e Abel acabam por recordar-se dos bailes e do cinema que existiam na Estação, concordando que eram momentos felizes pois, de acordo com Abel: “Cada minuto tinha o seu valor”.    
Abel deixa para as gerações futuras o seguinte conselho: “Medir sempre a nossa altura, nós temos que nos medir como somos (…) Agora tem que se ser mente aberta, não ser daqueles que estão ali e não falam (…) devem falar porque é saudável falar(…) respeitar os mais velhos(…) e serem vós próprios isso é que é o mais importante”.

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