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Entrevistada no dia 28 de julho de 2022, Dona Maria, com 96 anos, explicou-nos o processo antigo de fazer broa, mas, como dizia, “broa boa!”.
Disse-nos que ainda chegou a coser muita broa em sua casa. Um dos seus filhos comprou um moinho e depois, D. Maria colocava lá o milho, “uma arroba ou meia arroba (…) o que queria” (sendo que uma arroba equivale mais ou menos a 15kg), depois “moía a farinha, maciinha” e “depois botava na gamela e metade para aqui e
metade para ali”.
“Se a farinha fosse maciinha, botava só a água (…) a frio, se a farinha fosse mais grossa, botava a água mais quente. Depois, desenfarinhava, botava o crescente, (…) depois o centeio por cima, dava uma mexedela, tornava a botar um bocadinho de água de volta da gamela, amassava e ficava um pão de categoria!”. Partilhou ainda que aprendeu a fazer broa com a sua mãe, que semeava trigo, que “vinha mais depressa do que o milho”, depois “malhava-o, punha-o a secar” e levavao a um homem que o moía e com a farinha fazia a massa para as broinhas, “colocava-as na pá e botava ao forno e aquilo era cozido com a porta do forno aberta, só
encostada”.

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