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No dia 22 de julho de 2022, Elisa Moreira da Rocha foi entrevistada. Elisa nasceu dia 7 de julho de 1934 em Gondarém.

Elisa começa a entrevista afirmando que se mudou para Oliveira do Arda aos seus 21 anos de idade, recordando que foi no dia 8 de setembro que entrou na “santa casa”, onde atualmente ainda habita.

Relembra que durante a semana todas as pessoas trabalhavam e ao domingo juntavam-se nos caminhos para dançar, afirmando mesmo que “(…) era a liberdade que a gente tinha (…)”.

Elisa recorda a infância. Recorda que tanto ela como os seus irmãos andaram na escola, descrevendo onde está localizada, e da sua rotina nos dias que tinha aulas, desde o que fazia antes das aulas até ao momento que ia trabalhar para o monte depois da escola, descrevendo ainda como era esse trabalho. Elisa ainda acrescenta que a sua infância “(…) não foi de prisão, mas de luta (…)”. Ainda acaba por comparar a infância da atualidade com a de antigamente.

Elisa ainda fala sobre as romarias de antigamente e quão diferentes eram. Acaba por nos descrever como era a Nossa Senhora das Amoras, descrevendo como as pessoas passavam esse dia e o que faziam. Ainda recorda como eram as outras festas, como por exemplo a do São Domingos. Acrescenta ainda que “(…) era assim, as festas bonitas! Alegria! (…)”.

Recorda que todas as pessoas andavam descalças e ainda como eram passadas as horas livres de domingo, contando como eram os convívios feitos no Salão dos Bombeiros de Entre-os-Rios e como as danças funcionavam, acabando por contar uma lembrança sua.

Elisa fala sobre como era a escola antigamente, acabando por dizer que era uma professora para o 1º, 2º, 3º e 4º anos e dizendo que “aprendia-se mais do que o que vós aprendeis agora”. Lembra do que se aprendia, do que se utilizava e como era o método utilizando antigamente, afirmando que era uma aluna razoável. Acrescenta ainda que nesse tempo “(…) era diferente, era tudo mais em cima do pesado (...)” e ainda informando que “(…) ao sábado a gente cantava o hino português de braço no ombro (…)”. Acaba o assunto dando a sua opinião sobre a diferença que existe entre gerações acabando por dizer “(…) agora é melhor por causa da liberdade, mas também às vezes há liberdade a mais (…)”.

Fala ainda sobre as missas e o facto de ninguém falhar, contando que no mês de novembro às 5h da manhã todas as pessoas estavam na Raiva para a missa. Recorda ainda que o padre que dava a missa “era velhinho” e que de todas as vezes que passavam por ele tinham que lhe pedir a bênção.

Ainda aborda o tema das “primeiras televisões”, onde Elisa conta que a primeira televisão que apareceu em Oliveira do Arda foi quando nasceu o seu filho Carlos, e que quem a tinha era um senhor que era conhecido como Tio Alcino. Recorda que aos domingos ela e os seus filhos iam para a casa desse senhor, compravam com 10 “testões” alguma coisa para comerem (como por exemplo rebuçados) e passavam ali todo o dia a ver televisão. A segunda televisão aparecer em Oliveira do Arda pertencia a uma senhora que é conhecida como Tia Marafona.

Relacionado com o mesmo tema relembra de quando a sua família teve a primeira televisão, recordando o dia em que a comprou.

Acaba por relembrar mais um pouco das festas que existiam, dando destaque a Nossa Senhora das Amoras, e informando que antes havia muitos carrosséis.

Elisa comenta a geração atual explicando de idade para idade como as mentalidades estão e afirmando ainda que “(…) a adolescência é muito perigosa…porque os pais não acompanham os jovens (…) porque na adolescência é preciso muito acompanhamento para eles não falhar (…)”. Acabando ainda dar o seguinte conselho: “Aproveitai bem a adolescência, mas respeitai sempre muito o vosso corpo (…) a gente tem que se divertir mas sempre a pensar assim: Mas isto já será para a minha idade? (...) de resto, (…) aproveitai o vosso tempo (…)”.

Elisa acaba a entrevista a tirar a foto com os entrevistadores.

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